Resumindo a história a gente ia ver as primeiras páginas às 18 horas e acabamos saindo à meia-noite sem ver quase nada. Fora que nosso livro mudou de encarregado por três vezes. E cada vez que mudava a gente tinha que estar por perto pra ver se tinham passado corretamente nossas considerações.
Vou descrevendo as fotos pra vocês acompanharem o processo.
Todas as capas à esquerda (umas 400, acho) vão pro lixo por não estarem adequadas por algum detalhe. Esse processo se repete em todas as páginas até a impressora acertar o tom certo das cores. Isso ajuda a explicar em parte por que uma tiragem pequena como a nossa sai caro. São feitas centenas de edições a mais que vão parar no lixo (no caso o Claudio disse que é um lixo reciclado na própria empresa. Mas o prejuízo é nosso). Quando a edição é sem cores, só em preto, o prejuízo é quase nulo porque não tem justamente esse acerto de cores.
3 - Aí tem uma leva de umas 1.500 capas, já aprovadas. Mas o detalhe em verniz só vai vir na etapa final, alguns dias depois. Depois que o acerto final de cores e outros ajustes são feitos, a impressora imprime tudo rapidinho. Acho que mais de uma página por segundo.
4 - A capa e o miolo são feitos em máquinas diferentes. Pegamos esta página (que na verdade contém 8 páginas do livro e que será cortada depois) e achamos que faltava um pouco das cores yellow (amarelo) e magenta (vermelho). Lá se foram mais algumas centenas de cópias até acertarem o tom que queríamos. Nesta fase evitamos outro erro. A página da bandeira nazista estava impressa com um tom de azul quase cinza (foi salva em RGB ao invés de CMYK) e se não estamos lá pra ver isso essa página podia acabar estragando o livro porque estaria bem diferente das outras. É claro que o Felipe variou muito de estilos, mas esta era uma sequência e a mudança de cores no meio dela ia ficar feia pacas.
5 - O Claudio aproveitou pra mandar imprimir outro livro dele, o "Banzo e Benito" do MZK. Acima mais um exemplo do disperdício que é de cortar o coração.. tudo isso aí foi direto pro lixo...
Depois disso vem as fases de cortar as páginas, dobrá-las, envernizar a capa, encadernar tudo e plastificar. Tudo isso durou uma semana. Ou seja, o livro chegou em nossas mãos menos de um dia antes do lançamento na Comix, em Sampa.
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No final das contas descobrimos que o cara que estava há dois dias na sala de espera foi o causador do nosso atraso. As máquinas que eram pra estar imprimindo o Jambocks! estavam imprindo o livro dele, que chegou em cima da hora. Mas o cara era funcionário do homem mais rico do Brasil, o Eike Batista... Imagino a grana que não deve ter rolado para passarem ele na frente... Ou será conspiração da minha cachola?
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4 comentários:
Demais, demaaaaaaaaaaais! quando vcs vem autografar o meu?????????????
Legal a "cobertura" da impressão da HQ!
Realmente pretendo comprar Jambocks!, mas tem muitas outras coisas na minha lista de compras que estou querendo ler a mais tempo. Mas a vez de Jambocks! vai chegar e farei um review!
Boa sorte!
Celso,
Sou autor da resenha do primeiro volume de Jambocks no site www.cenadocrime.net, Silvio César.
Muito obrigado pelas ponderações. Foi muito legal da sua parte responder aos questionamentos levantados por mim causados pela sua obra.
Mas, como eu disse, ainda falta ler os outros volumes. Esse primeiro foi composto todo como uma grande preparação para o que vem aí. Então, não vou mais fazer julgamento antes de ver a obra completa.
Como eu disse no meu texto, essa obra ainda é inacabada. Ela correu rápido demais e ficou aquela sensação de "queremos mais! queremos mais!". Espero que, com a nossa conhecida política caótica de publicações, as outras partes de Jambocks venham logo!
Eu só quero reiterar meus parabéns pela INÉDITA iniciativa!
- Então, meus amigos da Ânima... finalmente vamos lançar o livro em Campinas.. dia 28 de maio na Livraria Cultura... Assim que eu souber de mais detalhes eu aviso.. já avisem o pessoal aí, por favor...
- Sei bem como são essas listas de compras, Rodrigo... rs.. Espero que quando chegar a vez do Jambocks! você ache que tenha valido a pena o investimento.
- E pois é, Silvio. A idéia original era passar uns 3, 4 anos produzindo a história toda, mas como ganhamos o Proac isso ficou inviável por causa do prazo apertado. Aí tivemos que dividir a história em 4. Mas a idéia é que as próximas partes sejam maiores (e vamos batalhar pra manter o preço.. torça pra dar certo).
Abração e valeu por despender seu tempo e atenção com a resenha do Jambocks! no Cena do Crime!
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